Município gaúcho registra primeira morte por leptospirose após cheias
Um homem de 67 anos faleceu em decorrência de leptospirose no município de Travesseiro, localizado no Vale do Taquari, uma das regiões mais gravemente afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
A morte ocorreu na sexta-feira (17), mas a confirmação oficial pela secretaria municipal de saúde só veio no domingo (19). As autoridades locais estão em alerta, aguardando a confirmação laboratorial do óbito, que deve ser fornecida pelo governo estadual.
A leptospirose é uma das doenças que mais preocupam as autoridades de saúde na região, devido ao alto risco de novos casos em razão do contato com a água das enchentes. Essa preocupação é ampliada pela natureza da doença, que é causada pela bactéria Leptospira, encontrada na urina de roedores. As pessoas geralmente contraem a doença através do contato com água ou solo contaminados.
As enchentes aumentam a disseminação da bactéria, já que a água contaminada se espalha por áreas residenciais, expondo um grande número de pessoas ao risco de infecção. A situação exige ações imediatas de prevenção e conscientização para evitar novos casos. Entre as medidas recomendadas estão evitar o contato direto com água de enchente, utilizar botas e luvas de proteção e garantir que alimentos e água potável não sejam contaminados.
A Secretaria de Saúde de Travesseiro intensificou a campanha de conscientização sobre a leptospirose, informando a população sobre os sintomas da doença, que incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, vômitos e, em casos graves, pode levar à insuficiência renal e meningite. As autoridades recomendam que qualquer pessoa que apresente esses sintomas após o contato com água de enchente busque imediatamente atendimento médico.
O governo estadual também está mobilizado para fornecer suporte às áreas afetadas, incluindo a disponibilização de suprimentos médicos e equipes de saúde para ajudar no diagnóstico e tratamento da leptospirose. A colaboração entre governo, autoridades de saúde e a população é crucial para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde pública.