Brasil registra 1.463 feminicídios em 2023, alta de 1,6% em relação a 2022

Aumento Alarmante de Feminicídios no Brasil em 2023: Um Olhar Profundo sobre as Estatísticas

No ano de 2023, o Brasil testemunhou um inquietante registro de 1.463 casos de feminicídios, indicando um aumento de 1,6% em comparação com o ano anterior. Este número representa, aproximadamente, um caso a cada seis horas, configurando o mais elevado desde a promulgação da lei contra feminicídio em 2015.

Disparidades Regionais e Estados mais Afetados

A pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela que em 18 estados a taxa de feminicídio superou a média nacional, alcançando 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres. Mato Grosso lidera as estatísticas com uma taxa de 2,5 mulheres mortas a cada 100 mil, seguido por Acre, Rondônia e Tocantins, todos empatados com uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil. Distrito Federal ocupa a terceira posição, com uma taxa de 2,3 por 100 mil mulheres em 2023.

No entanto, é relevante notar que algumas regiões apresentam menor incidência, com Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil) registrando as taxas mais baixas. O estudo sublinha a necessidade de cautela ao interpretar os dados do Ceará, ressaltando a expressiva subnotificação nesse estado.

Crescimento Expressivo na Região Sudeste e Análise por Faixa Etária e Perfil Étnico

Embora a região Sudeste tenha a menor quantidade de casos em comparação com o restante do Brasil, observou-se o maior crescimento de feminicídios em um ano, passando de 512 vítimas em 2022 para 538 em 2023.

A pesquisa do FBSP também destaca que, desde a criação da legislação contra feminicídio, quase 10,7 mil mulheres foram vítimas desse crime. No que diz respeito à faixa etária, 71,9% das vítimas em 2022 tinham entre 18 e 44 anos, sendo 16,1% entre 18 e 24 anos. Em relação ao perfil étnico-racial, mulheres pretas e pardas compõem a maioria das vítimas, representando 61,1%.

Essas estatísticas preocupantes indicam a necessidade premente de um engajamento mais efetivo no combate à violência de gênero no Brasil, com destaque para o feminicídio, que persiste como uma triste realidade no panorama nacional.

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