Uncategorized

Jovem sai para trabalhar, de repente passa mal e m0rre ao cair de ed… Ver mais


Um acidente comovente abalou a cidade de Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina, nesta terça-feira, 8 de julho. Erick Rodrigues Carvalhos dos Santos, um jovem de apenas 24 anos, perdeu a vida após despencar de um prédio enquanto realizava um serviço de pintura no centro da cidade. O incidente, que ocorreu em plena luz do dia, levanta mais uma vez o alerta sobre os perigos das atividades em altura e a urgência da fiscalização rigorosa sobre as normas de segurança no ambiente de trabalho.

Um sonho interrompido

Conhecido entre amigos como um rapaz batalhador, de espírito leve e sempre disposto a aprender, Erick nutria sonhos de crescimento pessoal e profissional. Em suas redes sociais, costumava publicar mensagens inspiradoras como “aprendendo, crescendo e evoluindo”. Sua rotina envolvia trabalho duro e dedicação, o que torna sua morte ainda mais dolorosa para familiares, colegas e toda a comunidade local.

Na tarde fatídica, Erick estava executando a pintura da fachada de um edifício comercial quando caiu de uma altura considerável. A queda foi tão grave que, apesar da rápida chegada das equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu, ele já se encontrava sem sinais vitais no momento do resgate. A notícia se espalhou rapidamente e provocou uma onda de tristeza e revolta nas redes sociais.

O silêncio que denuncia: quando a tragédia revela falhas

A morte de Erick não é apenas um caso isolado. Ela escancara uma realidade preocupante enfrentada por milhares de trabalhadores da construção civil no Brasil. De acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, atividades realizadas em altura estão entre as principais causas de acidentes fatais no país. Isso ocorre, muitas vezes, por negligência no cumprimento das normas estabelecidas.

A legislação brasileira, por meio da Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35), impõe critérios obrigatórios para qualquer trabalho em altura, definido como qualquer atividade realizada acima de dois metros do nível inferior e que apresente risco de queda. A norma determina o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como cintos de segurança com trava-quedas e ancoragem, além de exigir treinamento prévio e análise detalhada dos riscos envolvidos na atividade.

O que torna a tragédia ainda mais preocupante é a possibilidade de que esses procedimentos possam não ter sido seguidos à risca.

Investigação em andamento

A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Uma equipe pericial esteve no local para avaliar a estrutura onde o jovem estava trabalhando, além de verificar a existência e as condições dos equipamentos de segurança. A apuração buscará entender se Erick estava de fato utilizando os EPIs adequados e se houve falha humana ou negligência por parte da empresa responsável.

Testemunhas também serão ouvidas para tentar esclarecer se havia supervisão no momento do acidente e se o ambiente de trabalho estava em conformidade com a legislação vigente. Em caso de descumprimento das normas, os responsáveis poderão responder civil e criminalmente.

Comoção e despedida

O impacto da perda foi sentido intensamente pela comunidade local. Amigos, familiares e moradores de Caçador compareceram ao velório, realizado na quarta-feira, 9 de julho. Nas redes sociais, inúmeras mensagens lamentavam a partida precoce de Erick. Uma amiga escreveu: “Que Deus conforte a todos nós que tivemos o prazer de conhecer essa pessoa maravilhosa. Sua alegria vai deixar saudades.”

O sepultamento foi acompanhado por dezenas de pessoas, em um clima de profunda comoção. Muitos relataram que o jovem era querido, sempre disposto a ajudar e com um sorriso no rosto, mesmo diante das dificuldades.

Segurança no trabalho: uma responsabilidade de todos

Casos como o de Erick não podem continuar sendo tratados como fatalidades. São tragédias anunciadas que evidenciam a fragilidade de um sistema que, muitas vezes, coloca a produtividade acima da segurança do trabalhador. É papel das empresas, dos órgãos fiscalizadores e da sociedade como um todo exigir condições dignas e seguras de trabalho.

A morte de um jovem com um futuro inteiro pela frente, por negligência ou descaso, não pode ser normalizada. Que o caso de Erick Rodrigues Carvalhos dos Santos sirva de alerta — e de chamado à ação — para evitar que mais vidas sejam perdidas em circunstâncias que poderiam ser prevenidas.



Source link

Artigos Relacionados