Menino de 2 anos é encontrado m0rt0, junto dele estava o p… Ver mais

Um caso que envolve a morte de uma criança de apenas 2 anos mobiliza moradores, familiares e autoridades de Santa Isabel, município da Grande São Paulo. O pequeno Pedro Henrique foi encontrado inconsciente dentro do banheiro de sua residência no bairro Parque São Benedito no dia 22 de julho. Levado às pressas por um motorista socorrista à Santa Casa da cidade, teve a morte confirmada ao dar entrada no hospital. Desde então, o mistério em torno das circunstâncias da tragédia gera comoção e desconfiança, especialmente entre os familiares da vítima.
De acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o padrasto da criança teria deixado Pedro tomando banho e, ao retornar, o encontrou desacordado. Em estado de desespero, parou um carro que passava na rua e pediu ajuda ao motorista, que prontamente levou o menino até o hospital. No entanto, mesmo com o rápido socorro, a equipe médica da Santa Casa não conseguiu reverter o quadro. A certidão de óbito emitida logo após o atendimento registra a causa da morte como “a esclarecer”.
A morte foi classificada pela Polícia Civil como “suspeita” e, desde então, tornou-se alvo de investigação. Segundo informações preliminares, o corpo de Pedro não apresentava sinais visíveis de violência. Ainda assim, o histórico familiar e os relatos da avó materna levantam dúvidas inquietantes sobre o que realmente teria acontecido naquele banheiro. O caso agora aguarda o resultado do laudo de necropsia, que pode trazer respostas cruciais para o desenrolar da apuração.
A avó materna, em entrevista à imprensa local, não hesitou em apontar o padrasto como o principal suspeito. “Ele já bateu na minha filha várias vezes. É um homem agressivo. Uma vez, por ciúmes do pai da criança, ele quase matou ela”, afirmou. O depoimento da mulher se tornou um elemento importante na investigação, reforçando a necessidade de se apurar o comportamento do padrasto e seu histórico com a família. A mãe do menino também será ouvida nos próximos dias pela Delegacia de Defesa da Mulher, que auxilia na apuração do caso.
Moradores da vizinhança relatam que, embora discretos, os gritos e discussões da casa eram ouvidos com frequência. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, contou que já havia chamado a polícia uma vez, após ouvir pedidos de socorro vindos da residência. “A gente sempre fica com medo de se meter, mas agora a gente se pergunta se não devia ter feito mais”, lamentou. A comunidade agora se mobiliza em busca de justiça e pressiona as autoridades por um desfecho transparente e célere.
Enquanto isso, o clima entre os familiares é de revolta e luto. Nas redes sociais, amigos e parentes publicaram homenagens ao menino, conhecido carinhosamente como Pedrinho. “Você era só um anjinho, tão pequeno, tão puro. Que Deus te receba em seus braços”, escreveu uma tia. O sepultamento ocorreu sob forte comoção no cemitério municipal, e muitos dos presentes carregavam cartazes pedindo justiça. O caso despertou a atenção de conselhos tutelares e movimentos de proteção à infância da região.
O delegado responsável pelo inquérito confirmou que todas as linhas de investigação seguem abertas, incluindo a hipótese de acidente doméstico, mas ressaltou que nenhum detalhe será descartado. O resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML), previsto para os próximos dias, será decisivo. Até lá, o silêncio sobre o que se passou naquela tarde permanece angustiante. A cidade de Santa Isabel, marcada pela tragédia, agora clama por respostas — e, acima de tudo, por justiça para o pequeno Pedro.
